Projeto: Stop Motion na Escola
Introdução
Stop motion trata-se de uma técnica de animação realizada em imagens obtidas através de fotografias ou desenhos, ambos sistematizados de forma que se apresentados em uma sequência rápida demonstram movimentos. Tal técnica permite a criação de vídeos de formas simples, sem um aparato tecnológico de alto custo, bastando apenas um microcomputador e um programa de edição de vídeos.
Temos como proposição inicial o desenvolvimento de tal projeto de trabalho, tendo como base a necessidade de se desenvolver conteúdos de forma integrada, interdisciplinar e transversal, de forma que, através de se suscitar o desejo de aprender, tornar então explícito o processo de relação entre o saber, o sentido do trabalho a ser desenvolvido pelo educando, o torna dinâmico e oferece atividades opcionais a sua formação, além de favorecer a cooperação, o aprendizado coletivo, a integração entre professor-saber-aluno. Fazer com que o educando desenvolva o desejo de saber mais sobre o tema tratado e com isso tome a decisão de aprender cria no ambiente escolar o prazer do aprendizado colaborativo, onde não somente o educando aprende, mas também a comunidade escolar como um todo (PERRENOUD, 2000).
Tendo como base pressuposto parecido, Rosamilha (1979) já propunha a aprendizagem de forma “menos formal”, fazendo com que o educando desmistifique o processo de aprendizagem, que o educador o torne mais lúdico e que ambos aprendam com este. As desmistificações dos processos de construção, dos ditos saberes necessários tomam lugar importante e preponderante no processo de ensino-aprendizagem, relacionam as diversas inteligências colocadas em destaque por Gardner (1995), e com base nessas destacam-se a linguística, espacial e interpessoal. A última ainda toma lugar importante na atividade proposta, é com base nas inter-relações que os educandos constroem os saberes sociocotidianos, é através da convivência, do compartilhamento de ideias e objetivos comuns que a comunidade escolar se constrói.
Tais processos de inter-relação só se viabilizam tendo como base uma comunicação esclarecida entre a instituição escolar, o docente e o educando. A comunicação é fator de ímpar importância e relevância, é com ela que o docente se faz entender e o educando o faz compreender, o inverso também é válido, como fica esclarecido por Gadotti (1981). Dessa forma, a escola atual, do século XXI, deve considerar os diversos tipos de mídia e integrá-los ao processo de educação, não deixando apenas para a informalidade sua utilização. As salas de informática são uma realidade cada vez mais frequente na realidade escolar, fazem-se necessárias nessas, pois a escola não pode ficar desatualizada quanto às novas tecnologias de informação e comunicação, as ditas TICs (BORDENAVE; PEREIRA, 2010).
Com a utilização dos recursos de informática na educação atual, integrada aos processos de ensino-aprendizagem, novas estratégias devem permear a prática educativa, viabilizando novas estratégias de ensino e levando em conta as realidades que a escola vive. Dessa forma, como dito por Saviani: o dominado não se liberta se ele não vier a dominar aquilo que os dominantes dominam. Então, dominar o que os dominantes dominam é condição de libertação (SAVIANI, 2003).
Basta então perceber que a tecnologia é fator e realidade necessária na escola atual, desde suas formas menos complexas, sejam com a utilização de aparelhos de som, DVD, câmeras digitais, softwares livres etc. Assim, integra o indivíduo a sociedade atual, permitindo que ele adquira conhecimentos necessários às novas realidades a serem vivenciadas.
Permitindo que os temas a serem trabalhados nas disciplinas comuns ao currículo ou mesmo da parte diversificada sejam desenvolvidos por meio de projetos, integrando a esses novos conhecimentos, dando a eles a dialética necessária à contextualização de saberes necessários a prática formativa, justificando das intenções às ações necessárias ao contexto escolar. Tais projetos viabilizam a integração entre os indivíduos, criam aprendizagens coletivas, tornam o ambiente agradável e o aprendizado prazeroso ao educando e ao educador, fazendo com que ambos sejam estimulados a construir e reconstruir sua própria prática, hora como indivíduos que aprendem hora como indivíduos que ensinam, dessa forma assumindo novo papel para cada processo de aprendizagem (HERNÁNDEZ e VENTURA, 1998; PERRENOUND, 2000; SACRISTÁN, 2000)).
O educando, por já nascer em meio às novas tecnologias, tem certamente mais facilidade de integração com essas, muita vezes viabilizando novos aprendizados ao educador. O projeto Stop Motion na escola pretende integrar as novas tecnologias ao plano de trabalho a ser desenvolvido ao longo de um período de tempo, tendo como pressuposto que o individuo constrói sua aprendizagem de forma colaborativa com os demais membros envolvidos nesta.
1. Justificativa
Pela necessidade de ser trabalhar de forma contextualizada conteúdos a serem desenvolvidos nas disciplinas empregadas em tal projeto, levando os integrantes a uma integração e melhoria nos processos de ensino-aprendizagem e inter-relações.
2. Objetivo
2.1Geral
Despertar nos indivíduos participantes de tal projeto uma integração verdadeira, de forma a construir os conhecimentos tendo como base a criação de pequenos vídeos feitos de forma amadora com massa de modelar, baseados em leituras de contos, em situações cotidianas, no contexto escolar e nas variáveis que permeiam suas vidas.
2.2 Especifico
- Despertar o senso critico, a leitura, a interpretação textual e contextual.
- Desenvolver no individuo o interesse pelas novas tecnologias, de forma integra-las ao processo de ensino-aprendizagem.
- Estimular a criação de vídeos recontando histórias, ressaltando fatos e os apresentar a comunidade escolar.
- Estimular o protagonismo jovem, a autorração de projetos e sua execução.
3. Cronograma e Estratégias de execução
OFICINA(S) ENVOLVIDA(S)
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ATIVIDADE
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MESES
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J
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J
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A
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S
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O
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O
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N
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Artes, Informática Educacional, Língua Portuguesa e Matemática
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Apresentação do projeto para a comunidade escolar
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Informática Educacional
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Pesquisa referente ao stop motion (vídeos e artigos)
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Língua Portuguesa e Matemática
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Leitura e análise de textos; Criação e recriação de histórias
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Informática Educacional
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Exibição de filmes feitos a partir de stop motion: Fuga das galinhas; A noiva cadáver; A festa do monstro maluco
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Artes
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Contato inicial com a massa de modelar e criação de personagens
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Língua Portuguesa e Matemática
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Caracterização dos personagens
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Informática Educacional
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Técnicas básicas de fotografia e animação de imagens estáticas por meio do movie maker (stop motion)
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Língua Portuguesa e Matemática
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Confecção de roteiro para o sequenciamento de imagens a serem feitas
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Artes
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Criação dos personagens com massa de modelar e cenário para as fotos
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Artes, Informática Educacional, Língua Portuguesa e Matemática
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Fotografando as cenas
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Informática Educacional
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Animação das imagens; Gravação da narração e inserção de trilha sonora.
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Artes, Informática Educacional, Língua Portuguesa e Matemática
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Finalização das atividades; Disponibilização na WEB (blog e youtube) e gravação de mídia DVD
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Artes, Informática Educacional, Língua Portuguesa e Matemática
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Apresentação dos vídeos criados para a comunidade escolar
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*F: férias escolares
4. Local de realização
O projeto será realizado na Escola de Tempo Integral Escola Estadual Coronel Pontes Gestal nas disciplinas curriculares de Artes, Informática Educacional, Língua Portuguesa e Matemática.
5. Público Alvo
A comunidade escolar como um todo, tendo como público principal os discentes do Ensino Fundamental II, sendo, 5ª Séries/6º ano; 6ª Séries/7º ano; 7ª Séries/8º ano e 8ª Séries/9º ano.
6. Avaliação
Ocorrerá durante todo processo de elaboração e execução do presente projeto, de forma integrada as atividades a serem realizadas.
7. Recursos Necessários
Microcomputador (programa acessa escola);
Massa de modelar;
Máquina fotográfica digital;
Cartolinas e papéis coloridos;
Lápis de cor;
Palito de churrasco;
Cola branca;
Tesoura;
Régua.
8. Referências
GADOTTI, M. Comunicação docente: ensaio de caracterização da relação educadora. 3. ed. São Paulo: Edições Loyola, 1981.
__________. Concepção dialética da educação: um estudo introdutório. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
GARDNER, H. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: ArtMed, 1995.
HERNÁNDEZ, F; VENTURA. M. A organização do currículo por projetos de trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio. trad. Jussara Haubert Rodrigues. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médias, 1998.
BORDENAVE, D. J; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino-aprendizagem. 30. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
PERRENOUND, P. Dez novas competências para ensinar: convite à viagem. trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
ROSAMILHA, N. Psicologia do jogo e da aprendizagem infantil. São Paulo: Pioneira, 1979.
SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. trad. Ernani F. da F. Rosa. 3. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2000.
SAVIANI, D. Escola e democracia. 36. ed. revista. Campinas: Autores Associados, 2003)
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2002.
